Anilingus ou beijo grego

Como fazer anilingus
EroticFeel 16/12/2021

Há beijos tímidos e beijos apaixonadamente indecentes. Beijos esquimós e beijos de borboleta, beijos húmidos e beijos castos. Beijos fraternais, de despedida, de filme, beijos de Judas e beijos gregos. Acontece que beijar com a língua e na boca é singularmente humano. Os nossos lábios grossos e evertidos são concebidos para o fazer, para beijar, para sugar tudo. É a coisa natural a fazer. Não há, ou não deveria haver, nenhuma parte proibida do corpo, nenhuma área que não possa ser beijada.

Mal compreendido e estigmatizado, o beijo grego, também conhecido como “botão-de-rosa” ou anilíngua, desperta tanto interesse como rejeição. A procura desta prática, que já apareceu em 'Sexo e a Cidade', aumentou há alguns anos atrás, após a cena em 'Girls', em que uma das personagens principais parecia desfrutar à grande dum beijo grego encostada na bancada da cozinha. Há poucas coisas que a televisão não seja capaz de alcançar. De repente, um assunto que tinha sido injuriado e relegado para os sites de porno mais hardcore foi mesmo apresentado na versão americana da Vogue.

Seja como for, o temido "osculum infame", aquele beijo que bruxas e hereges davam ao diabo no ânus como um gesto de rendição e submissão, é agora uma coisa do passado. E o facto é que Satanás, que sabia mais por ser velho que por ser diabo, passava a vida de de Sabá em Sabá a curtir à grande e à francesa. E vamos dizer-lhe uma coisa, é tudo uma questão de perspectiva, por isso pense duas vezes antes de dizer a alguém que detesta: beija-me o cu. É verdade que não precisa de ver a cara do outro, mas é sempre melhor fazer com alguém de que goste.

O que é o beijo grego?

Repleto de terminações nervosas, o ânus é uma das áreas mais erógenas e potencialmente mais prazerosas do corpo, e o anilingus ou anilíngua, também chamado beijo grego, beijo polaco, botão-de-rosa ou rimming, envolve estimulá-lo com a boca. Tal como na felação ou no cunnilingus, no anilingus utilizam-se os lábios e a língua para beijar, acariciar, chupar, e até para inserir a língua no ânus do seu parceiro. Cada um fá-lo à sua maneira e de acordo com seus gostos, naturalmente. A única regra é ultrapassar tabus e medos e dar o mergulho (assim como uma higiene escrupulosa, claro).

É seguro praticá-lo?

Se está a pensar que pode não ser higiénico, não é nada assim. Tal como com qualquer outra parte do corpo, se o exterior do ânus estiver devidamente limpo, não deverá ter quaisquer problemas. Mas se o seu parceiro fugir da água mais depressa do que Usain Bolt corre os 100 metros, então afaste-se bem desta actividade. Tenha em mente que as infecções também podem ser contraídas através do ânus, mas é também aqui que as lesões no recto ou na boca entram em jogo e facilitam o contágio. Para evitar qualquer risco, a solução, evidentemente, é a protecção. O óptimo do anilingus é que é uma forma fantástica e completamente indolor de começar com a estimulação anal e descobrir tudo o que ela tem para oferecer.

Para além da limpeza, que é completamente essencial, há outra regra crucial que deve ser seguida. Se estiver a fazê-lo numa mulher, nunca mova a boca, pénis ou dedos do ânus para a vagina. Para tal, será necessário lavá-los ou trocar o preservativo.

O que é preciso para fazer o anilingus?

Vontade, confiança em si e no seu parceiro, e muita higiene. Uma coisa é estar aberto a experimentar coisas novas e outra é fazê-lo por obrigação; se sentir nojo, não o faça, não vai gostar.

Protecção, a coisa mais importante

Como dissemos, também se podem contrair infecções e doenças através do sexo anal. Para praticar anilingus em segurança, e obviamente sempre que o fizer com alguém que não seja o seu parceiro habitual, deve tomar precauções. Existem quadrantes de látex semelhantes a um preservativo e feitos para este fim em particular. Algumas pessoas também optam por cortar um preservativo e colocá-lo, embora isto possa ser mais incómodo.

Lubrificantes com sabores, a melhor opção

Com uma limpeza adequada, não há necessidade de disfarçar o odor corporal. No entanto, se é a sua primeira vez, se apesar da lavagem cuidadosa os nervos não desaparecem, ou se apenas gosta mais, o uso de um lubrificante de sabor pode ser um grande aliado. Existe uma enorme variedade de lubrificantes comestíveis aromatizados e também pode utilizá-los para erotizar a área com uma leve massagem.

Anilingus passo a passo

  • A higiene é essencial, primeiro lave bem a área com água e sabão, e não apenas uma pasadinha rápida (e por favor não substituir o sabão e a água por toalhitas húmidas).
  • Comece por mimar a área como merece, acariciando as nádegas mas sem ir directamente para o ânus.
  • Aproxime-se lentamente do ponto nevrálgico massageando suavemente a área circundante com a ponta dos dedos.
  • Agora dirija os seus dedos para o ânus, esfregando-o levemente com movimentos circulares.
  • A área está agora relaxada, comece a beijá-la e lambê-la com delicadeza.
  • Passe a língua ao longo do períneo, mova-a para cima e para baixo e combine a estimulação oral e manual.
  • Aumente a intensidade do estímulo e tente ritmos, movimentos e pressões diferentes, prestando atenção às reacções do seu parceiro ou parceira.

O nosso conselho se for o seu primeiro beijo grego

  • Recomendamos-lhe que inspeccione a área sozinho. Toque-se à sós, descubra o que gosta e como gosta.
  • Peça permissão, não enfie a língua no cu de alguém de forma inesperada, não é educado.
  • Certifique-se de que ambos estão prontos e que ambos sentem vontade de o fazer.
  • É melhor livrar-se do pêlo, será mais confortável e higiénico.
  • Comuniquem, embora esta estimulação seja muito prazerosa, nem todos gostam dela. Perguntem e respondam, sem constrangimentos.
  • Lembre-se que a confiança é tudo, se você estiver em tensão, os músculos também se contrairão e a experiência não será satisfatória.
  • Não passe para a área vaginal sem se lavar primeiro, pode causar uma infecção.
  • E por último, não beijem o rabo a ninguém que não vos queira beijar depois.

Bon appetit!

Imagem da capa: miniatura de 'Compendium maleficarum' de Francesco Mario Aguada (1608)

SYSTEM_GEOWEB_TITLE

Detectámos que está a navegar a partir de uma localização diferente da que corresponde a este website. Diga-nos, por favor, qual o site que pretende visitar